O cristianismo é a poesia pura. Deus falou na língua dos homens, e ao notarmos isso temos o aspecto sacrificial, redentor, justificador, salvífico, oportunizando na história o surreal a ser lido, interpretado e vivido: pura poesia, viva, realista e intensa!
No universo cristão há distinções doutrinárias que geram grupos, mas que também exercem uma pluralidade, da qual sem alterar o cerne da fé (Cristo) acolhe vidas e oportunizam vivências. Evidentemente que como em todo grupo social há erros e pessoas que desqualificam a fidelidade, originalidade, transparência e objetivo dos seus (atrapalham o corre). O meio cristão não é diferente. Mas, há um equívoco em tomar o errado como exemplo, pois pelo simples fato de sua essência já deve ser descartado (o errado nunca pode ser certo). O foco do cristianismo é sempre Jesus Cristo.
No meio do jardim havia duas árvores. Somente de uma era proibido comer o fruto. Bem desta, Adão e Eva comeram. E assim comemos todos nós. Não porque foram abordados por uma serpente dominante, que apontava um “três, oitão” para suas cabeças. Na verdade, a serpente apenas apontou ao desejo presente no coração, que não criticado, assumiu a direção das ações, gerando consequências duradouras. E no primeiro homem vemos nós, o que somos. Todavia, o Criador preparado de antemão para não ser um ditador aos seus filhos, se apresenta como um Pai Salvador. Os caminhos tortuosos tomados pela humanidade diariamente, não oferecem socorro, não se vê justiça, não há amor. Nesta situação, “quem poderia nos defender?”. Longe da possibilidade de um Chapolin Colorado, mas perto da ação divina. O Criador irrompe no tempo, para possibilitar uma saída. Agora, pagando com preço de sangue, expõe o seu ser aos homens. O último homem ascende aos céus, para ofertar o fruto da árvore, que estava no meio do jardim, a árvore da vida.
Mais poesia?
No entremeio do tempo da história real, o homem perdido segue cego ou cegando-se nas complexidades do mundo e nos seus compromissos. Alterando de tempos em tempos suas razões e suas desculpas, alegam a verdade com base na mentira, utilizam de erros como exemplos. Não percebem que a cultura também é fala do Criador, e religiosamente não escutam mais, ou a limitam. Assim, não se encontra facilmente, ou na mesma pluralidade que seus grupos, expressões literárias culturais e artísticas, como: poesias, ficção, quadrinhos, contos e romances.
Esta obra apresenta-se como fomentadora de novas escritas que exponham sua fé, de maneira crítica, real e viva, como o cristianismo puro e sincero, é! A expressão da fé também se dá pela cultura. Não há qualquer intenção em assumir-se como verdade exclusiva, mas sim uma ferramenta, tal qual a que um dia criou provérbios, poesias, vitrais, hinos, histórias, músicas, como também instigou na criação de escolas, universidade, direitos e libertação.
O Kerigma (a mensagem) é para olhos fitos em Cristo, criticando a si e aos seus, para enxergar as traves, antes ignoradas nos olhos, e mudar o que precisa ser mudado, ainda que doa. Não é um evangelho novo. É a inspiração para a expressão cultural e crítica sobre o Amor que fala na língua dos homens divinamente.
CIDICLEI LEITE DA SILVA, cristão, negro, esposo de Zenalva e pai de Lígia Betariz e Mírian Gabrielle. Nascido em 1986, natural de São Paulo capital, extremo sul, mudou-se em 2005 para Oliveira dos Brejinhos, cidade do oeste baiano. Formado em Serviço Social pela UNOPAR, é Seminarista de Teologia pela SBNO, educando em Capelania Escolar com desenvolvimento do projeto ‘a cor da vida’, educando do Missionários Radicais da JMN, e pós-graduado em Educação Permanente em Saúde pela UFRGS. Autor do livro de poesias ‘Noite Livre’, da editora TAUP; integrante das antologias: Vote, Bardos Baianos do Velho Chico, Poiesis IV, Nordestinamente, e na 4ª Premiação Literária de Barueri-SP. Palestrante convidado da oficina de formação aberta, Teologia e Cultura: e Deus falou na língua dos homens. Autor da monografia ‘De olhos fitos: reflexão sobre o cristão, a política e a sociedade em tempos de polarização. Atua na Saúde Pública brejinhense, e também é membro da Primeira Igreja Batista de Oliveira dos Brejinhos. Desenvolve atividades de vida baseada na cosmovisão de integralidade do homem: físico, espiritual e social.
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No ambiente tudo está em seu lugar
E na cabeça mistura-se tudo o que sente
Se para e pensa logo vagueia
Qual é a música que equilibra a tua mente?
O que faz você concentrar, fugir do vecna?
Encontre a válvula de escape
E escape!
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Eu já estou pronto
Para perdoar antes de sentir livre
Pronto para a liberdade do perdão
Pronto para ouvir opinião e sorrir
Tratá-la como faço com letrinhas
Ao final do filme que já assisti
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Todo dia há quem ria
Enquanto corações extasiados e em transe
Se entregam a quem diga que lhe amem
Não importam se lhes mentem
Diariamente
E no jardim de flores coloridas de plásticos
Homens de corações apáticos
Exercem seus extremos fanáticos
Escondendo Seus sonhos de lunáticos
Cancelando planos de viradas de anos
Pela posse da verdade que somente a si se converteu
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O que seria lágrima de um céu não recuado,
Caiu sobre o Adão sujo em seu pecado,
E ganhou cor carmesim em sua fronte.
Se ao frágil homem vale ir embora,
Considerando o pendor que lhe consome,
Ao Filho do Homem coube ficar.
Abrir a porta, ser a porta,
e ainda tingir a si/seus umbrais de sangue
E Nele o homem morar,
Sem jamais precisar chorar ou ir embora!
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E o Brasil segue dividido,
E dividindo.
Seu povo, seus gosto, o melhor seu.
O negro não é pela cor, é pelo voto.
O cristão não é por Cristo, é pelo voto.
O fervor do amor, depende do voto.
O cidadão é visto, de acordo o voto.
O labor não é vivido, refere ao voto.
A acusação do próximo, baseia-se no voto.
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