A poesia liberta. As palavras, nos permitem expressar sentimentos, dúvidas e angustias. Mas nenhum poema se demonstra verdadeiramente genuíno se não for escrito com o coração – que, mais do que nunca, necessita de lucidez para sobreviver aos amores e, principalmente, desilusões. Em Poemas tristes, dias nublados, sentimentos escassos, Erich Bias, escreve sobre os sentimentos de maneira desesperada, para preencher o vazio. Estão aqui poemas sobre si mesmo, que apresentam sua angústia existencial e outros que jamais foram se quer declamados. Está obra é simples, cruel, honesta, os versos aqui inscritos numa terça-feira, constituem uma íntima relação entre amor, dor, sofrimento. Não faltam sentimentos, algum poema vai despertar sua atenção, ou talvez não. O amor e uma inspiração, que revela toda a solidão em seu coração.
Erich Bias Remiz, que assina com o pseudônimo de Poeta Imaginário, nasceu em Belo Horizonte, em 1991. Começou a escrever poesias aos quatorzes anos, desde então nunca mais parou. A maioria desses poemas abordam sentimentos cotidianos, desesperançados e, principalmente, escassos. Eu escrevo para (me) libertar.
o pássaro negro
o pássaro negro
está preso
trancafiado,
ele nunca mais
vai cantar
eu sinto a sua dor
eu consigo entender
sua angústia.
as grades dessa prisão são feitas de sentimentos eu imploro,
pelo silêncio
que machuca o meu coração minhas ilusões
me confortam,
mas despedaçam-se
lentamente.
os medos me acalmam enquanto isso,
anseio por liberdade
não ouço o seu canto
é possível sentir
a triste melodia
que entoa,
batida,
por batida.
você consegue ouvir?
elas acabam comigo
mas não há outra opção o pássaro negro
só vai cantar
sob uma condição
quando a liberdade,
acompanha-lo
e a solidão
o deixar.
veja
o pássaro negro
volta a voar
contemple,
sua emancipação agora,
que viver livre e o seu único direito.