"Retalhos do Interior" é uma obra poética que nos transporta para a intimidade e a sensibilidade da vida cotidiana. Neste livro de crônicas, a autora, oriunda do interior do estado do Paraná, compartilha fragmentos de sua alma, revelando a beleza e a importância das pequenas coisas.
Com escritos que abrangem o período de 2019 a 2023, a autora nos conduz por um mergulho profundo em suas experiências, reflexões e descobertas. Ao longo das páginas, somos convidados a apreciar os detalhes singulares que compõem o tecido da existência, enquanto a escritora se desnuda e se reinventa através de suas palavras.
Francielly da Rosa é atualmente mestranda do programa de pós graduação em Estudos da Linguagem, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, onde dedica-se à área de estudos literários. Graduada em Letras Português/ Inglês pela UEPG. Trabalhou como professora do município de Ponta Grossa, e é participante de projetos de incentivo à leitura. Com uma alma inquieta e curiosa, Francielly encontra na escrita uma forma de expressar suas emoções, reflexões e experiências de vida. Sua busca constante pela essência da escrita a leva a explorar diferentes estilos literários, e ela está sempre empenhada em aprimorar sua técnica e encontrar sua voz única no universo da literatura.
“Olhou para um lado, olhou para o outro, olhou para trás e não encontrando ninguém que pudesse ter visto o seu pecado, voltou para a reza.”
2-
“A corda tornou a subir mais uma, duas, três vezes. Logo as tentativas passaram de dez, para o riso do espectador e dor nos brios do outro. Na última, a esperança surgiu, abraçou um dos galhos do imponente pinheiro do Paraná. O rapazola comemorou.
- Puxe devagar, advertia o amigo.
- Deixe comigo, piá! Deixe comigo!”
3-
“Era um homem livre deitado na grama, olhando para o céu azul de um fim de tarde, sentindo na pele o calor de um sol ingênuo, serenando, sonhando com um mundo de homens libertos.”
4-
“O tempo escoa, amargo e quente, traz água aos olhos, como aquele gole de chimarrão, que, quando criança, trouxe à boca num puxão que lhe queimara a língua.”
5-
“Lá fui eu... de meia branca, descalça de um pé, buscar o tênis e a dignidade que rolaram escada abaixo!”