TAL QUAL MANJERICÃO - Ana Paula Inácio Diório

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O Livro

 

 

O manjericão é uma erva de origem indiana com propriedades medicinais, aromáticas e deliciosamente comestíveis. Contudo, o que mais me impressiona é sua resiliência mesmo diante de uma aparente fragilidade. O título desse livro nasceu da observação de um pé de manjericão que minha mãe plantou em minha casa e que, mesmo sem tempo para muitos cuidados, ele estava lá... Secava, parecia desfalecido, mas era só regar que as folhas voltavam ao verde viçoso e o cheiro se espalhava pelo ar. E o que isso tem a ver com essa obra? Tal qual aquele pé de manjericão, foi o contexto do nascimento dessas poesias... Um renascimento leve, com o frescor de viver ao me aceitar num funcionamento atípico, mas próprio e único da minha natureza neurodivergente. Acreditar nos meus sonhos, aqueles do mundo onírico mesmo, cheios de mensagens ou na lucidez torturante durante a vigília que me fazia duvidar daquilo que era evidente, só foi possível por meio da arte da escrita. Essa obra reúne o processo de mudança e aceitação de minha versão no mundo enquanto uma mulher negra neurodivergente. Ao longo dos dias tristes ou dos momentos de felicidade com cada descoberta as poesias surgiam como um desabafo e uma vontade de registrar a metamorfose que vive individualmente ou junto de um grupo terapêutico de mulheres superdotadas. A própria descoberta da escrita está materializada aqui, por isso, essa obra consagra muitas coisas em mim, inclusive, me entender enquanto escritora e o papel da poesia na minha vida. Tal qual Manjericão reúne muitas partes de mim e do que eu amo: as Ciências da Natureza, a arte, as vivências enquanto uma mulher negra superdotada, meus pais, os esportes, a docência, as partes que me compõem como um todo tentando fazer sentido nesse mundo. Assim como a beleza das transformações pelas quais passamos ao longo da vida e o quão mais bonitas elas podem sem ser com uma pitada de arte e umas folinhas de manjericão.

 


 

A Autora 

 

Ana Paula Inácio Diório

 

 

Uma mulher negra, cisgênero, educadora e cientista que ama a solitude e escreve para se entender e acolher seus sentimentos e sensibilidades diante do mundo. Capixaba de nascimento, com parte da vida no Rio de Janeiro e na Bahia, venho me formando entre as cidades que já vivi, fiz e desfiz laços, finquei algumas raízes, dei alguns frutos e pude deixar algumas sementinhas. Depois de anos levando a vida cuja identidade profissional me descrevia enquanto ser humano sabia que havia algo mais, um potencial latente que fui aprendendo a mascarar por meio de um perfeccionismo disfuncional. Agora, com a coragem de jogar a arte no mundo e partilhar meu processo de aceitação e autoconhecimento, posso me descrever para além da docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, cientista e extensionista defensora da Agroecologia, da reforma agrária e do Socialismo e da justiça racial, feminista, apaixonada por uma roda de samba, por praias e dias ensolarados, pela prática de esportes e pela cultura corporal, por aprender e conhecer cada canto desse mundo e os diferentes modos de vida. E sempre voltar pra casa ainda mais feliz, grata e apaixonada por ser brasileira!

 

 

Alguns Poemas do Livro

 

Meus pares

 

Não quero ter um milhão de amigos

Quero o olho no olho, a sensibilidade

A profundidade da diferença

Atraio-me pelo diferente

Uma habilidade atualmente antiga

Di – ver- gente

 

Ventricular

 

A estranha solidão me cai bem

Eu caio bem na solidão

Um infinito de possibilidades 

Só o som do coração

Era tão barulhento ouvir

O silêncio da solidão 

A sensibilidade do estribo não ouvia

Só o som do coração 

 

De estranho ficou bom

Normal de tão diferente 

Antes tudo era som 

Agora tudo no tom

É mais fácil ouvir as letras

Antes tudo era som

 

 

Água viva

 

Você tem a memória do mar?

Quando tudo começou você sabia nadar 

Observe vários animais cultivam a memória do mar 

Pode até parecer esquisito quando alguém vier perguntar 

Mas, não se sinta estanho: você tem a memória do mar 

No seu corpo d’ água, você pode notar

Mesmo sem saber nadar, você tem a memória do mar  

 

CurArte

 

A arte me cura dos desencontros

E dos encontros mal acabados

Toda a dificuldade do mundo termina em arte

Aquela que se nega, em desastre

 

Tal qual manjericão

 

Entre ervas e artes

Cheiros e cores

Folhas e letras

Paz e rumores

A obra se fez 

Entre raiz e paixão

Flores e aromas

Tal qual manjericão 

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