exercícios de desejar, lutar e maternar é uma jornada poética de Sarah Helena, dividida em três conjuntos de poemas que se entrelaçam para explorar desejos, lutas e experiências maternas. Esses poemas são um convite para mergulhar nas profundezas das emoções e vivências da autora, revelando uma escrita pulsante, sensível e engajada.
exercícios de desejar apresentam uma voz íntima que expressa e dá vazão aos desejos incompreendidos — uma conversa consigo mesma, escrita para a menina que foi e para a mulher que vem se construindo cotidianamente. É um olhar para trás e para dentro, abraçando as camadas da própria história e buscando eco nas vivências de quem se propor à sua leitura.
exercícios de lutar são textos que se envolvem profundamente nas lutas que são caras à autora. Sarah Helena oferece versos de uma escrita engajada e visceral, onde as palavras se tornam ferramentas de resistência e reflexão, ecoando as dores e as batalhas que marcam o nosso tempo.
exercícios de maternar desnudam as nuances do gestar e do parir sob a perspectiva de um maternar desejante, vivo, acordado e pulsante. A autora traz à tona as angústias e desafios dessa jornada, tentando tornar visíveis as dores de um maternar que resiste e floresce, buscando diálogo com outras mulheres que possam encontrar ressonância nessas palavras.
As ilustrações ficam por conta da artista Bárbara Pazinatto (@barbarapazinatto), que com sua arte marca essa obra com uma narrativa visual igualmente poética na abertura de capa e capítulos.
Alguns textos ganham títulos, enquanto outros se apresentam com sutileza, começando por uma palavra ou outra em negrito, demarcando o início dos poemas. A escolha pela ausência da caixa alta é proposital, buscando um lugar compartilhado onde tantas de nós percorremos. Sarah Helena também encontra inspiração em vozes como Marília Rossi, poeta conterrânea, com sua obra fresta, e bell hooks, cuja escrita feminista negra reverbera em sua obra.
Esses poemas não se limitam a contar uma história; eles buscam um encontro. Um encontro com outras mulheres, com outras vozes, com leitores que possam se reconhecer e fazer eco com essas palavras. Que esses versos encontrem sentido em quem os lê, assim como encontraram na autora.
Sarah Helena é mineira de Poços de Caldas e atualmente vive com seu companheiro, suas duas filhas e dois gatos. Desde a infância, cultiva a crença de que as palavras têm o poder de resolver tudo, desde guerras até angústias. Sua principal área de atuação é no consultório enquanto Psicóloga clínica, tendo contribuído por sete anos em um clube de assinatura de livros infantis, na curadoria e edição em literatura infantil e infanto juvenil. Por várias nuances diferentes Sarah tem na escrita uma antiga companheira. Participante do Slam de poesia (@slamz_s) e coletivos literários (@elasescrevempc), seu trabalho vai de contos a poemas, transformando desabafos e anseios em movimento literário. Para Sarah, é o ato de movimentar as palavras que dá sentido à sua vida.
apresentação
o que dizer desse compilado complicado
emaranhado de textos
pensamentos fugidios
se querem livres, se querem vivos
fora da gaveta
ou da nuvem
se querem coletivos
pensamentos vadios
mas também de luta
forjados na vivência
de quem labuta
trabalhadora de versos e de escuta
trago poesia nutrida do branco leite
que sai em jatos lentos
para ouvidos atentos
trago relatos baseados em fatos
nada [ou muito] reais
a depender de quem são seus leitores finais
e se encontram, ou não,
o eco de outros seres desejantes
depois de conquistado o papel
palavras são seres viajantes ao léu
têm vida própria se encontram
quem se põe do outro lado do papel
vamos?
Bem-vindo à loja oficial da Editora Toma Aí Um Poema (TAUP), um espaço dedicado à celebração da literatura em suas múltiplas formas e vozes. Desde 2020, publicamos e promovemos obras que desafiam o convencional, oferecendo um catálogo diverso que valoriza autores de minorias sociais, incluindo mulheres, pessoas LGBTQIA+, negras, indígenas, neurodivergentes e outras vozes historicamente marginalizadas. Aqui você encontra poesia, ficção, ensaios e publicações que transcendem os limites do tradicional.