Ser ou ser o ser — Ian Anderson Gomes Dias

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O Livro

 

“Ser ou ser o ser” é uma obra que retrata o crescimento e o amadurecimento do autor, sendo composta por uma série de poemas organizados em ordem cronológica de acordo com sua data de escrita, estando presentes tanto alguns dos meus primeiros escritos como alguns dos mais recentes. Através desses poemas, que retratam desde temas  universais até os mais intimistas e pessoais, é possível acompanhar meu desenvolvimento, de um garotinho solitário e facilmente encantado pelas mesóclises e palavras difíceis até um poeta cada vez menos preocupado com pedantismo, forma e métrica e cada vez mais com os problemas reais, como a situação cada vez mais grave do país. 

 

Além disso, a obra é marcada por um evento muito recente: a pandemia de Covid-19, cuja ocorrência pode ser sentida nas porções mais recentes do texto, com poemas retratando a solidão, a ansiedade, e toda a bagagem psicológica trazida por esse contexto. Com isso, as experiências particulares que retratei com esses textos tomam um caráter universal ao inspirarem reflexão sobre temas sentidos por grande parte da população.

 

A obra também narra indiretamente, de forma quase que autobiográfica, momentos de grande impacto na minha vida, como a lenta superação da dificuldade em se relacionar, a descoberta da minha sexualidade, formação e fim de amizades, isolamento e burnout durante a quarentena, partida para outra cidade rumo à vida universitária, e todos os conflitos e emoções que vieram com esses acontecimentos e que influenciaram a descoberta e redescoberta da minha paixão pela escrita e, consequentemente, minha afirmação como poeta e escritor.

 

 

O Autor

 

Ian Anderson Gomes Dias é um poeta, cronista e autor. Nascido na cidadezinha de Manhuaçu, Minas Gerais, em julho de 2002, mudou-se para estudar farmácia na Universidade Federal de Minas Gerais. Embora Ser ou ser o ser seja seu primeiro livro publicado, já participou de mais de 15 antologias, algumas poéticas, como Outros 500, Infâncias e Retrospectiva 2021, da editora Toma Aí um Poema, escrevendo também prosa para antologias como Grandes Matriarcas, Assassinas e Projeto Vórtice, da editora Cartola, e fazendo algumas participações em várias edições de diversas revistas literárias, como a revista Fruta Bruta.

 

 

Alguns Poemas do Livro


 

Ser ou ser

 

Eu nasci sozinho,
E assim sou.
E tenho, acima de tudo, orgulho disso
E caso pergunte, e suspeito que o fará,
Quem eu sou?
Eu sou.
Apenas isso, apenas sou
Quem foi que disse que, ao ser, tenho de ser algo?
Minhas palavras são poucas,
Pois guardo-as a mim mesmo
E se a ti as ofereço, escassas como são,
Aceita, e sabe que mesmo não sendo, são reais
Minhas lágrimas e meus sorrisos são igualmente escassos
E se a ti os ofereço, mesmo que frio,
Aceita, e percebe que mesmo falsos,
Há neles sempre um fundo daquilo
(Perguntas que é aquilo?
Aquilo é, simples assim)
Perguntas por que sou?
Sou porquê.
Brinco. Um porque deve ter um porquê
Sou porque sou
(O que é intrinsecamente diferente de ser porquê)
Se sou quem preciso ser?
Pergunta curiosa, mas não há resposta
Afinal não há nada que eu precise ser
Eu só preciso ser
E eu sou
E isso basta.

 

*

 

Canção da pátria


Está em brasas o nosso Brasil.
Nosso. Eles repudiam essa palavra.
Eles acham que o Brasil pertence a eles.
Mas, sob berço esplêndido, também nasci
Sou filho deste solo, e ele hei de herdar.
Já caiu a Bastilha,
Será que Brasília também cairá?
Queria poder dizer
Que tudo é tão lindo
Quanto "A Garota de Ipanema".
Mas o que eu tenho a lhe dizer
É que a coisa aqui tá preta.
Sabe-se, porém, que um filho teu não foge à luta.
É chegada a hora de erguer, da justiça, a clava forte.
Não me esquecerei
Das palavras
Do Bruxo, do Bardo,
Do Gauche, do Poetinha,
E de todos os outros filhos
Dessa terra.
Dessa pátria, um dia amada,
Um dia idolatrada, hoje nada.
Se não o fará o Pai,
Nós afastaremos o Cálice.
Afinal, mesmo depois de tudo isso,
Nosso céu, nossas várzeas,
Nossos bosques e vida
Tem mais estrelas, e flores,
Mais vida - e amores.
E, em meio a tudo isso,
A gente vai tomando,
Que também, sem a cachaça,
Ninguém segura esse rojão.

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