Sorrir esse sacrifício - Gisela Maria Bester

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Sorrir, esse sacrifício, é um livro de ecopoemas livres que mostra realidades de vidas de diversos seres devastadas por ações antrópicas, cujo legado doloroso é deixado irresponsavelmente pela vastidão do planeta, espraiando desequilíbrios nem por todos ainda devidamente notados. Com voz poética crítica, a obra anseia chamar a atenção de vários públicos à grave problemática da cada vez mais acelerada destruição das riquezas naturais de biomas brasileiros, e também de outras regiões da Terra, desnudando agressões a animais, plantas, águas, gentes e demais integrantes da natureza. Assim, o livro põe em relevo o paradoxo vulnerabilidade-fortaleza, de modo a deixar quem o leia com a incômoda sensação de que, diante disso, sorrir passa a ser um sacrifício. Na qualidade de constitucionalista-ambientalista ativa por mais de três décadas, tendo há três anos também abraçado a escrita literária como forma de ver, escrever e inscrever cenários desequilibrados pelos seres humanos, a autora coloca nesta obra a potência do grito, não somente em nome de pessoas igualmente danificadas em suas essências nesse jogo desigual de forças, mas, principalmente, daqueles elementos da natureza que não podem falar. Os bichos, na perspectiva de espécies companheiras e sencientes, povoam boa parte dos poemas, propiciando ainda uma intersecção de linguagem com a questão dos gêneros humanos. Estruturado em três partes, o livro inicialmente trata das degradações na natureza profunda; na sequência, mostra o mesmo potencial assombrosamente violento em ambientes urbanos, trazendo uma terceira parte reflexiva sobre possibilidades salvíficas nesse emaranhado mórbido.

 

"Livro de amar, livro de pensar e sentir todos os seres, os astros, Gaia e as redes que se formam num contínuo. Livro de entendimento e princípio de curas. Livro potente e delicado, incisivo e sutil, o Sorrir, esse sacrifício, de Gisela Maria Bester, promove e sustenta percepções profundas, que nos inspiram à ação, ao movimento de cuidado e de preservação das formas vivas. Bichos, luas, vertentes, ancestralidade, tudo aqui reunido pelo poder da palavra. Palavra-denúncia, palavra-acolhida, palavra-resposta-do-abismo. Palavra posta em movimento amoroso que nos permite florescer dourados, ver o poção e castores e calangos e sua cantoria. Palavra poética que nos permite recolher pássaros e estrelas em forma de estória, que ora se conta toda intensamente aqui."

 

— Luci Collin

 

 

 

 

 

A AUTORA

 

 

Gisela Maria Bester é escritora gaúcha, jurídica e literária, que se importa com a dor de todos os seres sencientes. Nasceu em 6 de dezembro de 1968, foi criada e trabalhou na natureza profunda, estando radicada há 27 anos em Curitiba, e há 15 também em Palmas/TO. É advogada e revisora de textos. Possui Mestrado, Doutorado e estágio pós-doutoral em Direito. Atuou no magistério superior e na pesquisa científica por 30 anos, com inúmeras publicações de inserções nacionais e internacionais. Em 2008 venceu a 8ª edição do Prêmio Nacional de Sustentabilidade Instituto Ethos/Jornal Valor Econômico (Categoria Professores). Criou e foi curadora do Espaço Poético Folhas Secas-Haicais Tradicionais, na Revista Cultural Mar de Lá. É colunista (Palavra Bicho) da Revista de Literatura Animalista. De 2022 em diante vem publicando poemas livres, haibuns, haicais, contos, microcontos, crônicas, resenhas e prefácios em revistas literárias do Brasil e do exterior (Bula, Philos, Sucuru, Nikkei Bungaku, Marezine, Mar de Lá, Voo Livre, Ecos da Palavra, Baleia, LiterArteAwen Magazine Art, SerMulherArte, Artes do Multiverso, Aorta, ONavalhista, Animalista, Vinca), no jornal Nippon Já, na Newsletter Frestas, e em coletâneas e antologias (Editoras Bestiário, Tirant lo Blanch, Mondru, Máquina de Escrever, Oito e Meio, TAUP, Empório do Direito, Bem Cultural, Abarca, Selo Off Flip, Maralheios, Telucazu, Arpillera, Coelum, Donizela, Anadara brasiliana, Pangeia). Participou da realização e foi a revisora do roteiro do Documentário Céu de Canela (Tocantins, 2014, sobre os atingidos pela barragem da Usina Hidrelétrica de Lajeado/TO). Integra coletivos literários feministas, mistos e grêmios de haicais, assim como o movimento Mulherio das Letras (Paraná e nacional). Recebeu o título de associada efetiva da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria Paraná (AJEB-PR). Ocupa a cadeira 49 (patronesse Wislawa Szymborska) na Academia Virtual Internacional de Poesia, Artes e Filosofia (AVIPAF) e a cadeira 40 (patronesse Luci Collin) da Academia de Letras do Brasil – Seccional Paraná (ALB-PR). Vencedora do 38.º Prêmio Yoshio Takemoto de Literatura 2024 (Modalidade Haicai), no qual em 2023 recebeu Menção Honrosa. Possui outras premiações, como nos 7º e 8º Concursos de Haicai de Toledo – Kenzo Takemori, e no Concurso de Poemas Helena Kolody 2024, da Academia Paranaense da Poesia. Teve originais de poesia classificados no Prêmio Carolina Maria de Jesus (2023), do Ministério da Cultura, conto de humor destaque e crônica finalista nos Prêmios Off Flip de Literatura 2023. Pinte-me de Azul! (Mondru, 2023) foi sua obra individual de estreia na Literatura, lançada na FLIP 2023 (conquistou o Troféu Capivara – Reconhecimento Literário, no Prêmio Literário da Cidade de Curitiba 2024). @giselabesterescritora

 

 

 

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Úbere cheio


 

Vieram os homens 

e recolheram a bezerra

para a festa do santo

Nem sei de qual santo

 

Passaram em todas as fazendas

recolhendo as bezerras

 

Vai brilhar o transportador

o padre o festeiro o leiloeiro

a paróquia a matriz a diocese

e quem levar o dou-lhe três

até os fazendeiros ficarão bem na fita

 

Ninguém ficou para ver a mãe

Em desespero profundo buscando a filha

Partida

Correndo como louca para lá e para cá

Com berros que me inundaram os olhos

                                                     [e a alma

 

 

Doída

Até hoje procura pela filha

Ela não se esquece

Nem este coração

Que ama como o dessa mãe

 

Um santo como esse

Não é gente

 

 

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