Às Margens de um Rio Negro - Francisco Ricardo

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O LIVRO

 

Às Margens de um Rio Negro emerge da inquietação e urgência de inserir referências afro-amazônicas na literatura brasileira de uma forma mais abrangente do que apenas contar histórias. Neste projeto, há uma proposta de reconexão com a essência e os elementos culturais, por meio de contos que se entrelaçam com a realidade e a ficção. Essas histórias lançam luz tanto sobre a beleza quanto sobre as dificuldades de ser um corpo negro na Amazônia. Esta coletânea visa a ampliação do horizonte da literatura brasileira, destacando vozes e vivências muitas vezes negligenciadas. Ela convida o leitor a explorar um mundo rico em cultura, tradição e perspectivas únicas, frequentemente ocultas no contexto literário tradicional. Ao compartilhar essas histórias, o autor não apenas enriquece o cenário literário, mas também contribui para uma maior compreensão e valorização das diversas experiências da população afro- amazônica, enriquecendo o tecido social e cultural do país.

 

O AUTOR

 

Francisco Ricardo é bicha preta, Formado em Artes visuais pela Universidade Federal do Amazonas (2014), Artista Visual, Professor, Cenógrafo, Diretor de Arte, Produtor em Audiovisual. Ganhador do Kikito de melhor direção de arte de curta no Festival de Cinema de Gramado com “O barco e o rio” e ganhador do prêmio de melhor direção de arte de curta no Festival Olhar do Norte pelo curta “Alexandrina – um relâmpago”. Como artista plástico realizou o ciclo de exposições chamadas de “O Caminho do Tamanduá” além de participar de exposições coletivas. Como ilustrador trabalhou nos livros “Emoções e Rastro” do jornal literário Relevo. Participou do espetáculo “Complexo de Gaivota” como cenógrafo. Assinou a direção de arte dos curtas e “Obeso mórbido”, “O barco e o rio”, “Alexandrina”, além do longa “Uyra: retomada da floresta” (2022), “O homem oco” (2023) e “Deus me livre, mas que me dera” (2023). Como escritor publicou pela revista Torquato o conto salsicha (2020), publicou a HQ Recabanos: Horizontes futuristas (2021) e organizou e publicou o livro de contos Vestígios Banais (2021).

 

TRECHOS DO LIVRO

 

"Às vezes eu saía pra brincar na rua, mas muitas vezes eu brincava sozinho em casa. Me acostumei a estar sozinho, a viver sozinho. Me sentia confortável sem o convívio social, sem as pessoas falando. Me sentia mais seguro em casa, dentro, embalado na minha rede.
Eu brincava sempre no espelho. Sentava na beira da cama e botava uma camisa na cabeça, segurava uma caneta como um cigarro e fingia ser a patroa da minha mãe..."

 

*

"Me falaram que eu era mufino. Vivia em rezadeira e benzedeira, quando não em hospital e pronto-socorro. Tomava todo tipo de remédio e garrafada. Sempre imaginei que isso era porque tive asma durante toda a infância, mas com o tempo fui percebendo que meu quebranto era outro.
Não desconfiava que ser uma bicha preta era um problema, não era um problema pra mim, mas era para os meus pais. Eles pareciam ter muito medo, não de mim, mas das pessoas da rua, do que elas poderiam fazer. Às vezes minha mãe me impedia de brincar na rua com as outras crianças, dizia que era perigoso, eu nunca quebrei um osso..."

 

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

 

Coleção Machado Preto - Livro #10
38 p.; 13 X 16 cm
ISBN 978-65-982649-4-9


 

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