A obra Da Poesia à Revolução, de Marco Antônio Pereira, sintetiza seus diversos pensamentos sobre o que é ser uma pessoa preta que, cotidianamente, precisa provar sua inocência, mesmo sendo inocente; mostrar excelência, mesmo realizando um trabalho claramente superior, mais eficiente do que outros, mas que, por conta de sua cor, é menosprezado, colocado de lado e constantemente questionado. A dúvida parece sempre pairar sobre sua vida, seus feitos e suas potências.
Este livro é um espaço de escrita que reflete sobre como podemos ser amorosos e humanos, mesmo enfrentando uma guerra racial, civil, ideológica e perversa. A ideia central de Da Poesia à Revolução é oferecer o contraponto de que, embora soframos com as dores e sequelas do racismo, ainda somos capazes de ser provocadores artísticos e, por meio da poesia, despertar no outro a beleza que é o poetar. E, poetando, encontramos entendimento e força.
MARCO ANTÔNIO PEREIRA
Pai, Filho e Avô, Educador, Gestor Público e Gestor Cultural, Mc de Funk, Poeta, Produtor audiovisual, Educomunicador e Filmaker, Bacharel em Cinema e Audiovisual, Facilitador de oficinas de cinema e vídeo, estudante de Gestão Pública.
Ser “Revolucionário” (revolucionário é empregado no lugar do termo militante, pois, o mesmo não abarca o tamanho das propostas de quem quer mudar a sociedade e eliminar o racismo), atuante nas áreas das lutas raciais, sociais, educacionais e culturais ministrando formações em cinema, fotografia e vídeo, além de atuar como editor e montador de diversos trabalhos em Belo Horizonte atendendo principalmente ONGs, artistas, políticos e agentes culturais.
DO RACISMO…
Se do racismo vós libertares, disporemos de seres livres.
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POESIAS
Eu não vivo de poesia,
Eu vivo a poesia.
A poesia vive em mim,
Eu vivo na poesia.
Ontem, hoje e amanhã,
Será para mim poesia.
Em meu passado que se foi,
E se houver futuro será.
Eu serei sempre poesia,
Serei sempre poeta.
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EM MEIOS CAMINHOS
Em meios caminhos
Andamos
Em meios caminhos
Paramos
Em meios caminhos
Sofremos
Em meios caminhos
Aliviamos
Em meios caminhos
Falamos
Em meios caminhos
Calamos
Em meios caminhos
Sorrimos
Em meios caminhos
Choramos
Em meios caminhos
Pausamos
Em meios caminhos
Aceleramos
Em meios caminhos
Nos vemos
Em meios caminhos
Nos cegamos
Em meios caminhos
Formemos
Em meios caminhos
Desformamos
Em meios caminhos
Vivemos
Em meios caminhos
Estamos
Em meios caminhos
Sempre
Em meios caminhos
Até nos tornarmos
Em meios caminhos
E assim nos completamos
Em meios caminhos
Vivíamos
Uma via inteira formamos
Entre ruas estreitas e filhos
Entre sonhos e trilhas ficamos
Em meios caminhos
Vivíamos
Caminhos inteiros viramos
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