Inspirado por grandes nomes da literatura e da arte negra, como Solano Trindade, BK’ e Emicida, Poesias de busão é um livro de poesia marginal que nasce da necessidade urgente de amplificar a voz de mais uma perspectiva periférica. A obra aborda a rotina difícil e muitas vezes invisível do cotidiano, presente na maior parte da população, trazendo uma pausa para ouvir questões e reflexões frequentemente ignoradas pela pressa do dia a dia. Em seus versos, Marcos Marinho desenvolve, de forma intimista, temas como amor, autoestima, identidade, preconceito e outras diversas dificuldades ocultadas durante os dias. Assim, através de poemas curtos e rápidos, Poesias de busão consegue se encaixar num pequeno tempo livre; porém, com seus sentimentos e algumas rimas, é capaz de engarrafar essa viagem.
Marcos Marinho, também conhecido como PK, é um poeta e estudante de Psicologia, oriundo da zona norte do Rio de Janeiro. Contribuinte e apreciador da cultura da poesia marginal, o poeta começou com apresentações de Slam em festivais escolares e confecção de pequenos livretos de poesia e fotografia, onde abordava questões de autoestima, preconceitos e a cultura periférica na ótica de um adolescente negro. Durante esse tempo, Marcos escreveu três livretos e organizou uma oficina de aprendizagem sobre Slam e poesia, que buscava relacionar a arte ao cotidiano dos estudantes. Atualmente, Marcos é mais um estudante de universidade federal que concilia arte e estudo, quebrando diversas estatísticas, ocupando novos espaços e expressando sua cultura e seus pensamentos com seus versos, mas também com sua voz e seu jeito de viver. PK é um contador de histórias muito antes de ser poeta. E, como qualquer moleque, Marcos também é poesia.
EU ANDALÍRICO
Um veículo sobre rodas,
Um assento entre nuvens,
Um vagão sobre trilhos.
Todos me locomovem,
Mas não me transportam
Como um verso escrito.
Por isso aqui sou andarilho.
MINHA POESIA
Ensinaram-me a sempre buscar a posse.
Seja a posse do solo em que piso,
A posse de minhas relações
Ou até a posse de quem me serve,
Mas nunca a posse da dúvida.
Isso desapropria as manutenções.
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