Lacunas da Existência é o resultado de uma produção despretensiosa de poemas que, como pílulas de sentimentos, podem ser administradas de acordo com a necessidade de cada leitor, seja com ou sem prescrição.
A inspiração da autora emerge das entrelinhas da vida cotidiana, encontrando-se por vezes nos vazios e silêncios, que sorrateiramente preenchem as lacunas da alma.
São as nuances da existência, que de alguma forma, alimentam e instigam sua imaginação, servindo como ponto de referência para sua escrita.
O processo de escrita de Márcia da Luz Leal é versátil, ocorrendo durante suas viagens, muitas vezes em lugares que não seriam considerados tradicionalmente inspiradores, bem como em momentos furtivos durante o trabalho. Seja inspirada pelo contentamento, pela solidão ou por devaneios, a autora encontra maneiras singulares de compartilhar suas reflexões e emoções, que agora são apresentadas a vocês nas páginas deste livro.
Marcia da Luz Leal é professora de Língua Portuguesa e Espanhol da Rede Estadual de Ensino do Paraná, Mestra em Políticas Públicas e Desenvolvimento e Doutoranda em Desenvolvimento Rural Sustentável. Participa constantemente de antologias e revistas digitais no Brasil, América Latina e México. É paranaense, nascida em Iretama, mas reside em Santa Terezinha de Itaipu.
A fugacidade do tempo
O tempo passa como um rio que corre sem cessar,
Sem piedade leva consigo tudo o que encontra pelo caminho, sem titubear.
Nossos sonhos e esperanças lá se vão.
Nossas alegrias e tristezas, tudo é levado pela correnteza.
Sem tempo para que possamos desfrutar, sem tempo para que possamos questionar.
Mas se o tempo voa como um vento.
É porque a vida é breve e efêmera.
E cabe a nós fazê-la valer a pena, antes que seja tarde demais.
Não adiemos nossos sonhos, nossos desejos.
Pois o tempo é precioso, e não volta mais.
Aproveite cada instante, viva intensamente.
Que a Vida seja efêmera posto que é fato inaudível,
E que vivamos com grande celebração.
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Supérfluo
Para alguns, meras distrações supérfluas,
Outrora soubessem que o que para muitos era supérfluo,
Para Ela era exímia distração,
Exímia empolgação,
Ardente paixão!
Evidentemente ler e escrever,
Produzir e Sentir,
Não seja entendível para os rasos de lucidez,
Incompreensão dos que desproveem de Sensatez!
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Adorno
Nas tardes soturnas de verão,
Aprecio a chuva repentina,
Adorno para meu coração.
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Amarelinha
Chão riscado de giz!
Pulo aqui, pulo acolá...
Desejo meu?
O céu alcançar!
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