“Súcia para o Ribaldo” é uma coletânea de poesias e pequenos contos criados espontaneamente e em momentos de pura criatividade. Seu escopo vem principalmente na ideia de ver a vida como uma reunião de paradigmas. Os ribaldos, ou os “vagabundos”, são todas as formas que encaramos a realidade, seja por uma perspectiva de pura alegria, euforia ou calmaria, ou até mesmo em momentos tomados pela pura ira de apenas ver a destruição daquilo que estiver em sua frente. O livro enamora vários temas, principalmente a brevidade da vida e temas religiosos, principalmente, de matriz africana. Súcia é uma reunião festiva de temas, por vezes, caótico e repleto de desconexões, porém, encontramos de maneira sutil várias opiniões e formações que se encaixam entre si, formando uma grande orquestra, que se guia pela vontade de demonstrar a arte e a literatura de mãos dadas. Em minhas escrituras originais, boa parte de todas as poesias são acompanhadas de glifos, desenhos e rabiscos que remetem a ela, que contam e montam a história, trazendo um ponto focal aonde se começa a imaginação. Súcia para o Ribaldo é uma chave que abre um mundo de poesias que cantam tanto sobre amor, tanto sobre desilusões, com pitadas de realismo, romantismo e surrealismo e com muitas formas de se ler, ver e viver uma realidade.
Olá! Eu sou Matheus Almeida, atendo pelo pseudônimo de Machado Quitéria de Ortiz, sou poeta e escritor. Tenho dezesseis anos e resido na cidade de Cariacica-ES. Tenho Superdotação/Altas Habilidades, descobertas pela minha professora e doutora em Linguística Renata Barreto. Desde pequeno eu era aficionado na criação de textos, minha mente voava em histórias quando lia um livro e, até hoje sinto a mesma sensação quando leio um bom livro. Para mim, o poeta cria aquilo que o indigna!
Voo das Bruxas
Ouça o soar do lakota;
Bruxa, Bruxa, Bruxa!
Rainha, governanta, de lua sangrenta;
Dance no cosmos de maneira atenta.
Bruxa, Bruxa, Bruxa!
Sinta os segredos;
Não se esqueça do Nigredo!
Bruxa, és soberana!
Arauta, voz dos deuses;
De semblante calmo, de semblante firme;
De adorável voz e de feroz rufar;
Aquela que anda sem a natureza profanar;
Bruxa, Bruxa, Bruxa!
Quem saiba, as Musas contem;
Thalia! Melpomoene! Terpsícore! Conte a mim;
E por fim, me diga bruxa, o que será de mim?
*
Beija-Flor
Beija flor, Chuparosa
Hummingbird...
Tanto nome, tanto corre, tanto, tanto, tanto!
Velocidade, idade.
Ferocidade, tolice.
Quanta sutileza, quanta bravura!
Tanto vive, tanto cai, tanto, tanto, tanto!
Augusto Ruschi quem sabe saiba interpretar;
Doçura, benevolência.
Entre gira mundo, vira mundo, tanto, tanto tanto.
Alegra minh'alma, beija meus lábios.
Afinal, porquê tanto nome? Por que tanto beijar a flor?
Acho melhor colibri!
Pois só ele sabe dolorir;
A falta que faz, um bom florir.
*
Chuva Tempestade
Se chuva fosse gente, com certeza todo mundo iria amar. Quer dizer, não diria todo mundo, mas boa parte da gente. Se tempestade fosse gente, seria problemática e ardente, não teria pena nem temor. Mas em duas horas, já voltava a ser chuva. [...]"