Bárbara Maria Pede Para Existir é uma coletânea de poemas atravessados pela angústia e pela potência do dizer e do ser. Inspirado em uma personagem inventada, antigo pseudônimo que utilizava para a escrita de poesias, Bárbara Maria pede pra existir faz um passeio por alguns temas como o silenciamento de mulheres, a diversidade, o cotidiano e a reflexão subjetiva.
O livro é dividido em 4 partes: “Tantas”, um conjunto de poemas sobre mulheres e sujeitos diversos; “Melancólicas”, traz poemas mais reflexivos e sentimentais; “a vida ordinária”, explora o universo do cotidiano, povoado de amor e atividades banais; e “Bárbara Maria”, textos em prosa poética.
Flávia Mantovani é historiadora, escritora e professora, nascida em Sales Oliveira, interior de São Paulo. Reside em Ribeirão Preto, onde leciona História há cerca de uma década. Formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), é Mestra em História Social e Doutora em História e Cultura Social pela UNESP. Seu trabalho e interesse acadêmico se voltam para questões de história, gênero, sexualidade e lesbiandades.
A escrita sempre a acompanhou, mas foi em 2021 que iniciou sua trajetória literária ao vencer o concurso “Para não esquecer, memórias da pandemia” na categoria crônica. Desde então, tem publicado textos em revistas independentes como Ruído Manifesto, Contos de Samsara e Cassandra. Além disso, é mediadora do Clube de Leituras Proibidas. Sua produção pode ser acessada em biolink.info/flaviamantovani.
como se contasse
um segredo proibido
pela cara violenta
dois homens de poder
quando não me calo
falo baixo
voz doce delicada marcada
não sabia chamar por outras
meu desejo, uma história de recusa
dos papéis aos bedéis
não me peguem pelo braço!
e então a desobediência
mas contraditório:
por dentro da rebeldia, por fora bela nora
por dentro grita, por fora chora
esgotar a tarefa de agradar
velhas feridas fizeram
a voz suave foi forjada na censura
autocensura
cesura
mas
enfim
a boa notícia:
voz calada agora canta
gritar
recitação
recria
nesses versos pulsa vida
palavra que me muda
hoje
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