O livro Do Campo à Poesia, é uma coletânea de poesias novas e não tão novas, inéditas que concorreram ao Prêmio Carolina Maria de Jesus, sendo um dos livros finalistas. Este livro é um baú de memórias afetivas, que permite conectar passado, presente, futuro, elementos da natureza e as vivências do amor pela vida. O olhar poético completa-se com as ilustrações de Patrícia de Freitas Frasson.
Leila Morais nasceu em Bocaina no ano de 1986. Viveu até os 18 anos numa pequena propriedade rural com seus pais e irmãos. Embaixo das árvores, escreveu os primeiros poemas. Abandonou o hábito por um tempo, mas durante a pandemia da Covid-19, a dor, o medo e a melancolia foram transcrevidos em forma de poesia. Hoje, reconhece que a escrita salva e que não pode viver sem ela.
Patrícia de Freitas Frasson nasceu no dia 10 de novembro de 2008 em Jaú, interior de São Paulo. Desde criançatinha o hábito de se expressar desenhando seus colegas de classe ou até mesmo seus animaizinhos de estimação.
Em 2023, com 15 anos, recebeu o convite e a oportunidade de ilustrar o livro "Do Campo à Poesia" da autora e então sua professora, Leila Morais.
Pretende se formar em artes e transmitir suas ideias para todos aqueles que desfrutam de formas , cores e principalmente, sentimentos.
Eu, natureza
Um arco verde me cerca
Há só um corredor de areia branca
E eu caminho atras de mim mesma
Quem sou agora?
Será só uma volta ao passado?
É só uma memória futura?
As narinas se abrem com cheiro de mato
O ouvido se concentra no barulho de água de riacho
E os tons de verde se misturam a tantos verdes que já vi...
O tempo não existe
Ele só corre depois do verde
Nem os insetos incomodam...
Sou a própria natureza
Tentando brotar também na grama verde
Isenta de dor e tristeza...
Borboletas voam lentamente
Jacu, tucano e maritaca desfilam
Já não me pergunto se a água é pura
Se o ar é puro
Aqui me encontro e me curo
E volto pra vida que não deveria existir...
🌾
Um milhão de passarinhos
Ainda lembro das tardes
Que a passarada reunia
Nos fios,
no pé de angico
e nos coqueiros
E falava na língua que humano não entendia
Davam alguns giros no ar
E partiam juntos
Pra algum destino...
Eu menina,
Tentava desenhar os pássaros
Tentava imitar seus sons
E até desejava ser um deles
Voando livre na imensidão...
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